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O Obelisco Inacabado de Aswan, planejado para ter 42 metros de altura e pesar cerca de 1.200 toneladas, foi esculpido há cerca de 3.500 anos, durante o reinado da rainha Hatshepsut.
Abandonado por rachaduras na pedra, permaneceu deitado na pedreira, onde ainda repousa.
Considerado o maior obelisco já tentado no Egito, acredita-se que seria erguido no Templo de Karnak. Seu estado inacabado e as marcas de ferramentas visíveis oferecem valiosos insights sobre as técnicas de construção egípcias.
Hoje, o local virou um museu a céu aberto, preservando um impressionante testemunho da engenharia do Antigo Egito.
Nas margens norte das pedreiras de granito de Aswan, sul do Egito, encontra-se um dos maiores tesouros arqueológicos que nunca chegou a ser finalizado.
O Obelisco Inacabado repousa ainda hoje no mesmo local onde os trabalhadores do Egito Antigo começaram sua extração há mais de três milênios.
A região de Aswan, famosa por suas belas paisagens às margens do rio Nilo, abriga este monumento singular que se transformou em museu a céu aberto.
O obelisco está deitado de lado, a aproximadamente 2 km ao sul da cidade de Aswan, na parte norte das antigas pedreiras de granito vermelho que forneceram material para inúmeras construções monumentais egípcias.
Datado da XVIII dinastia (aproximadamente 1508-1458 a.C.), este período marcou uma era de grande prosperidade e ambiciosos projetos construtivos no Egito Antigo.
As pedreiras de Aswan eram extremamente valorizadas pelos egípcios devido à excelente qualidade do granito encontrado na região, material ideal para estruturas monumentais destinadas a durar eternamente.
A construção do Obelisco Inacabado foi ordenada pela rainha Hatshepsut, uma das figuras mais notáveis da história egípcia.
Governante durante a XVIII dinastia, Hatshepsut não era uma rainha comum – ela assumiu o título de faraó e governou como tal, algo extremamente raro para uma mulher naquela época.
Esposa do faraó Tutmés II (1478-1458 a.C.), Hatshepsut ficou conhecida por seus ambiciosos projetos arquitetônicos.
Seu reinado foi marcado por grandes obras, e diversos obeliscos foram erguidos sob suas ordens, incluindo o impressionante exemplar que ainda se encontra no Templo de Karnak.
Estudiosos acreditam que o obelisco seria destinado ao Templo de Karnak, um dos mais importantes complexos religiosos do Egito Antigo.
Além disso, há teorias que sugerem que sua função seria complementar o chamado Obelisco de Latrão, que originalmente estava em Karnak e posteriormente foi transferido para Roma.
Se tivesse sido concluído, o Obelisco Inacabado seria verdadeiramente espetacular. Com impressionantes 42 metros de altura, teria sido aproximadamente um terço maior que qualquer outro obelisco já erguido no Egito Antigo.
Seu peso estimado de 1.200 toneladas equivale aproximadamente ao peso de 200 elefantes africanos.
Este monumental projeto tinha também significado religioso, já que o formato triangular dos obeliscos era considerado sagrado pelos antigos egípcios.
Esculpido no granito vermelho da rocha, o obelisco foi projetado para se assemelhar à colina primitiva do mito da criação, onde os egípcios acreditavam que o mundo havia surgido pela primeira vez.
Uma fascinante história de abandono se esconde por trás do grandioso obelisco nas pedreiras de Assuã, revelando os desafios enfrentados pelos antigos construtores egípcios.
O principal motivo para o abandono deste monumental projeto foi a descoberta de rachaduras significativas no granito durante o processo de escultura.
Quando faltava pouco para finalizar a obra, uma fenda apareceu na estrutura, obrigando os trabalhadores a interromperem seu trabalho.
Curiosamente, alguns especialistas questionam se este foi o verdadeiro motivo, já que as rachaduras detectadas não seriam muito maiores do que as encontradas em outros obeliscos semelhantes.
Entretanto, a maioria dos arqueólogos concorda que estas imperfeições na pedra comprometeriam a estabilidade do monumento.
Atualmente, o obelisco permanece deitado de lado na pedreira, com sua face inferior ainda ligada ao maciço rochoso do qual foi esculpido.
Três lados do monumento já estavam prontos quando a obra foi interrompida, restando apenas o quarto lado para ser finalizado.
Com quase 42 metros de comprimento e uma base quadrada de mais de quatro metros de cada lado, a estrutura inacabada possui um peso estimado entre 1.168 e 1.200 toneladas[121].
Caso tivesse sido concluído, o Obelisco Inacabado seria aproximadamente um terço maior que qualquer outro já erguido no Egito Antigo.
Para estabelecer uma comparação, outros importantes obeliscos egípcios possuem dimensões significativamente menores: o obelisco da Ilha Gezira, no Cairo, estabelecido por Ramsés II, possui 20,4 metros de altura e pesa 120 toneladas.
Já o obelisco do Aeroporto Internacional do Cairo, também erguido durante o reinado de Ramsés II, mede 16,97 metros. Além destes, outros sete grandes obeliscos permanecem no Egito atualmente, distribuídos entre o Templo de Karnak, Templo de Luxor, Museu de Luxor e Heliópolis.
Abandonado nas pedreiras de Aswan, o obelisco inacabado se transformou em um tesouro arqueológico inestimável, oferecendo insights únicos sobre as técnicas e conhecimentos dos antigos egípcios que, de outra forma, teriam sido perdidos para sempre.
O trabalho em granito representava um desafio significativo para os artesãos egípcios, considerando que esta rocha é muito mais dura que o calcário ou arenito comumente utilizados.
A teoria mais aceita sugere que os trabalhadores introduziam cunhas de madeira em fendas naturais da rocha e as embebiam com água.
À medida que a madeira úmida se expandia, a rachadura aumentava gradualmente até que a rocha se dividisse.
No entanto, alguns especialistas, como o engenheiro Christopher Dunn, questionam se estas técnicas seriam suficientes, sugerindo que ferramentas com dureza comparável à do diamante poderiam ter sido necessárias.
Um dos aspectos mais valiosos do obelisco inacabado são as marcas de ferramentas ainda visíveis em sua superfície. Estas marcas permitem aos arqueólogos compreender melhor os métodos empregados há milênios.
Linhas de cor ocre desenhadas pelos trabalhadores ainda podem ser observadas, indicando onde eles deveriam concentrar seus esforços.
Ademais, impressões de pequenas bolas de dolerito, uma rocha ainda mais dura que o granito, mostram como os artesãos desgastavam a superfície para esculpir a forma desejada.
O transporte destas enormes pedras era uma façanha de engenharia impressionante.
Pesquisadores descobriram uma trincheira com quase três metros de profundidade nas proximidades do obelisco, que acreditam ser um canal que ligava a pedreira ao Nilo.
Análises sísmicas confirmaram a existência deste canal, que se estendia por pelo menos cem metros e ficava mais profundo à medida que se aproximava do rio.
Este sistema permitia que os enormes blocos fossem transportados por barco, aproveitando a enchente anual do Nilo, em vez de serem arrastados por terra.
As pedreiras de Aswan forneceram material para muitas estruturas importantes, incluindo a Grande Pirâmide de Gizé e os templos de Karnak.
O granito desta região é encontrado apenas no sul do Egito, tornando-o extremamente valioso. Hoje, toda a área é um museu a céu aberto, oficialmente protegido pelo governo egípcio como sítio arqueológico.
A região não apenas revela os métodos de trabalho em pedra, mas também oferece insights sobre a cultura laboral no antigo Egito.
Atualmente, a região que abriga o colossal monumento de granito transformou-se em destino imperdível para quem deseja entender os segredos da engenharia do Egito Antigo.
A experiência de visitar este gigante adormecido é verdadeiramente única, permitindo uma conexão direta com técnicas milenares de construção.
A área onde está localizado o obelisco foi oficialmente declarada como museu a céu aberto pelo governo egípcio e recebe milhares de visitantes anualmente.
Este espaço arqueológico preserva não apenas o obelisco principal, mas também um mini obelisco e outras esculturas de pedra encontradas na região.
A visita à pedreira surpreende os turistas, possibilitando observar de perto o impressionante trabalho realizado pelos antigos egípcios.
As marcas de ferramentas e pinturas em pedra deixadas pelos trabalhadores antigos ainda são visíveis, oferecendo uma rara oportunidade de testemunhar o processo construtivo em seu estado original.
Para aproveitar melhor a visita, recomenda-se usar calçados confortáveis, levar água e, especialmente durante o verão, utilizar protetor solar e chapéu para proteção contra o sol intenso.
Não esqueça sua câmera para registrar este marco histórico do Egito Antigo. A maioria dos passeios organizados inclui guias especializados que explicam detalhadamente a história e curiosidades sobre o monumento.
A região do obelisco não é apenas um sítio arqueológico, mas uma verdadeira jornada através do tempo, proporcionando uma profunda conexão com o passado.
Além do Obelisco Inacabado, a região de Aswan oferece diversas atrações que podem complementar seu roteiro:
Templo de Philae: Dedicado à deusa Ísis, é um dos templos mais bem conservados do país
Barragem Alta de Aswan: Impressionante obra de engenharia moderna
Museu da Núbia: Inaugurado em 1997, preserva a história da cultura e civilização núbia
Jardim Botânico: Localizado em uma ilha em formato de navio no meio do Rio Nilo
A maioria dos passeios turísticos em Aswan combina a visita ao obelisco com outras atrações próximas, enriquecendo significativamente a experiência.
O acesso a algumas destas atrações, como o Templo de Philae, pode ser feito através de embarcações tradicionais egípcias chamadas Felucas.
O Obelisco Inacabado de Aswan é um impressionante testemunho da engenharia egípcia, mesmo sem ter sido concluído. Abandonado há 3.500 anos por rachaduras, tornou-se um valioso achado arqueológico.
Hoje, é destaque em um museu a céu aberto que revela a grandiosidade e o engenho do Antigo Egito.
Visite Aswan e descubra de perto os mistérios do Obelisco Inacabado!
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