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Colossos de Memnon: Segredos e Histórias das Estátuas Gigantes de Luxor

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Conteúdo:
  • Quem foi Amenófis III e por que ele construiu os colossos

  • Características impressionantes das estátuas

  • A lenda de Mêmnon e o canto das estátuas

  • Como visitar os Colossos de Mêmnon hoje

Erguidos há mais de 3.400 anos, os Colossos de Memnon são duas imensas estátuas de 23 metros que flanqueavam a entrada do templo mortuário de Amenhotep III.

Esculpidas em blocos de 1.300 toneladas, elas sobreviveram ao tempo, a inundações e a terremotos.

Após um abalo sísmico em 27 a.C., uma das estátuas passou a emitir sons ao amanhecer, fenômeno que os gregos interpretaram como o canto do herói Mêmnon.

Tornaram-se oráculos e atraíram peregrinos de todo o Mediterrâneo. Hoje, continuam impressionando quem visita Luxor e navega pelo lendário Nilo.

 

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Quem foi Amenófis III e por que ele construiu os colossos

 

Soberano ilustre do Império Novo, conhecido pelos historiadores como "O Magnífico", Amenófis III edificou um legado monumental que transcende os grandiosos colossos atualmente associados ao nome de Mêmnon.

Sua trajetória e aspirações revelam aspectos fundamentais sobre a magnitude destes monumentos e sobre o apogeu da civilização egípcia durante seu reinado.

 

Ascensão ao trono e período de reinado

 

Descendente direto do faraó Tutemés IV e de sua consorte secundária Mutemuia, Amenófis III ascendeu ao trono egípcio ainda na infância, contando apenas 10 a 12 anos de idade.

 

Uniu-se matrimonialmente a Tié, donzela de linhagem não aristocrática que, surpreendentemente, recebeu a distinção excepcional de "Grande Esposa Real" - título honorífico que nem mesmo a progenitora do monarca havia ostentado.

 

Seu governo estendeu-se por aproximadamente quatro décadas, entre 1388 e 1351 a.C., instaurando uma era de esplendor sem precedentes na cronologia egípcia.

 

Contrariamente às tendências belicosas de seus predecessores, Amenófis III privilegiou estratégias diplomáticas em detrimento de incursões militares, estabelecendo alianças estratégicas com reinos circunvizinhos e fomentando intercâmbios comerciais internacionais.

 

O templo funerário perdido

O complexo mortuário concebido por Amenófis III apresentava dimensões extraordinárias - suplantando em magnitude o próprio Templo de Karnak e considerado o mais vasto já edificado em solo egípcio, com superfície de 385.000 metros quadrados.

 

Situado na margem poente de Tebas (contemporânea Luxor), o santuário exibia três portais monumentais, uma alameda ornamentada por esfinges, pátios cerimoniais e colunas que se elevavam a 14 metros de altura.

 

Numa estela preservada, o próprio soberano descreve seu templo como uma "fortaleza da eternidade, construída em arenito, integralmente revestida de ouro, pavimentos em prata, profusamente decorada com estatuária".

 

Entretanto, sua proximidade à planície aluvial do Nilo precipitou sua deterioração. Após um abalo sísmico datado aproximadamente de 1220-1210 a.C., a estrutura colapsou quando as camadas terrosas subjacentes sofreram liquefação devido à infiltração das águas nilóticas.

 

Importância política e religiosa das estátuas

Os Colossos de Mêmnon transcendiam meros elementos decorativos - corporificavam o poder absoluto de Amenófis III e seu direito divino à governança.

Estrategicamente posicionados como sentinelas do templo funerário, os monumentos transmitiam inequívoca mensagem de autoridade e domínio.

 

Cada efígie exibe nas faces laterais do trono o emblema sema-taui, simbolizando a unificação entre Alto e Baixo Egito, enfatizando assim o papel agregador do monarca.

 

Junto aos membros inferiores do soberano, figuram representações esculpidas de sua mãe Mutemuia e sua consorte Tié, evidenciando a relevância da continuidade dinástica e da linhagem real.

 

Complementando o conjunto iconográfico, as representações incluem a divindade Hapi executando o entrelaçamento das plantas emblemáticas egípcias (papiro e lírio), consolidando a conexão entre a autoridade faraônica e o panteão divino.

 

Os colossos constituíam, portanto, instrumentos político-religiosos sofisticados, projetando a imagem de um governante poderoso, agraciado pelos deuses, cujo legado perduraria pela eternidade.

 

 

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Características impressionantes das estátuas

 

Os magníficos monolitos que constituem os Colossos de Mêmnon exibem atributos técnicos e artísticos excepcionais, revelando a extraordinária mestria dos artesãos do Egito Antigo.

Estas obras monumentais persistem como enigmas arquitetônicos, desafiando as concepções modernas sobre as capacidades construtivas de uma civilização que floresceu há mais de trinta séculos.

 

Altura, peso e material utilizado

As medidas dos Colossos de Memnon variam conforme os registros históricos, mas estima-se que suas figuras centrais tenham entre 14 e 18 metros de altura.

 

Quando somados os pedestais de 4 metros, o conjunto atinge cerca de 18 a 23 metros, considerando ainda partes superiores perdidas, como as cabeças.

Cada estátua foi talhada em um único bloco de quartzito, com peso estimado em 1.300 toneladas por conjunto — 700 da figura e 600 da base.

 

 O material foi extraído de pedreiras situadas a cerca de 675 km de distância, próximo ao Cairo, o que revela a impressionante capacidade logística e técnica dos antigos egípcios para transportar e erguer essas estruturas colossais em Tebas.

 

Símbolos esculpidos: sema-taui e deus Hapi

 

Nas faces laterais do trono de cada colosso, observa-se o emblemático símbolo sema-taui, representação hieroglífica da unificação entre o Alto e Baixo Egito.

 

Este elemento iconográfico compõe-se das plantas heráldicas de ambas regiões: o papiro (emblema do Baixo Egito) e a flor de lótus (símbolo do Alto Egito).

 

O ato cerimonial de entrelaçar estas plantas é personificado pelo deus Hapi, divindade das águas nilóticas que aparece duplicado, efetuando a união simbólica das duas espécies botânicas [121].

 

 Esta sofisticada composição reforçava visualmente a autoridade do faraó sobre a totalidade do território egípcio.

 

Estátuas menores: mãe, esposa e divindades

 

Complementando as figuras colossais principais, encontram-se efígies menores esculpidas junto às pernas do soberano. Em cada lado estão representadas sua mãe, a rainha Mutemuia, e sua esposa principal, a rainha Tié [121] [101].

 

Estas representações femininas cumpriam função simbólica fundamental, incorporando o papel dual de mãe/consorte da deusa celeste, através da qual o deus solar experimentava renovação cíclica.

 

Sua presença materializava o conceito de perpetuidade real mediante auto-regeneração divina.

 

Um aspecto menos divulgado refere-se à multiplicidade de colossos nesta região.

Escavações arqueológicas revelaram um total de seis estátuas colossais nesta área, incluindo uma terceira estátua de 15 metros, identificada em 2002 pela egiptóloga Hourig Sourouzian, com massa estimada em 250 toneladas.

 

 

Saiba mais sobre O Museu do Egito 

 

 

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A lenda de Mêmnon e o canto das estátuas

 

Embora os magníficos colossos prestem homenagem ao faraó Amenófis III, a designação pela qual tornaram-se mundialmente célebres revela uma fascinante confusão histórica que perdurou através dos milênios.

 

Quem foi Mêmnon na mitologia grega

 

Figura proeminente no panteão dos heróis gregos, Mêmnon destacou-se como um valoroso combatente da Guerra de Troia.

 Nascido da união entre a deusa Eos, personificação divina do amanhecer, e Titono, príncipe troiano agraciado com a imortalidade, Mêmnon governava a distante Etiópia quando atendeu ao chamado para defender as muralhas de Troia.

 

Sua destreza nos campos de batalha rivalizava com a dos maiores guerreiros gregos, até encontrar seu destino fatal pelas mãos do inigualável Aquiles, que o abateu para vingar a morte de seu companheiro Antíloco.

 

A narrativa mitológica relata que o supremo Zeus, comovido pelo sofrimento da deusa Eos, concedeu imortalidade ao herói caído.

 

A mãe enlutada, contudo, jamais cessou seu pranto pelo filho perdido – tradição que os antigos reconheciam no orvalho matinal que humedece a terra ao despertar do dia.

 

O terremoto de 27 a.C. e a rachadura

 

Os registros históricos do geógrafo Estrabão documentam um violento abalo sísmico que atingiu a região tebana em 27 a.C. O cataclismo geológico infligiu danos consideráveis ao colosso setentrional, decepando sua porção superior e produzindo extensas fissuras ao longo da estrutura remanescente.

Esta fragmentação acidental alteraria profundamente o significado cultural dos monumentos nos séculos subsequentes.

 

O fenômeno acústico e a crença no oráculo

 

Após a calamidade sísmica, um fenômeno singular manifestou-se: a estátua danificada passou a emitir sons peculiares ao primeiro contato com os raios solares matutinos.

 

Estrabão descreveu-o como "um sopro ou assovio", enquanto Pausânias registrou-o como reminiscente do "som metálico e agudo de uma lira quebrando-se".

 

A explicação científica moderna sugere que o fenômeno resultava da rápida evaporação do orvalho noturno acumulado nas fissuras da pedra quando aquecida pelos primeiros raios do sol.

 

Para a mentalidade grega, porém, impregnada de concepções mitológicas, esta manifestação sonora representava o lamento de Mêmnon saudando sua mãe Eos ao surgir da aurora.

 

A interpretação mítica rapidamente elevou o monumento à condição de oráculo, atraindo suplicantes que dirigiam consultas à estátua e decifravam suas emissões sonoras como respostas divinas às suas inquietações.

 

Interpretações religiosas e vandalismo posterior

 

A fama do "canto" da estátua setentrional atraiu peregrinos de territórios longínquos, muitos dos quais perpetuaram sua experiência em inscrições gravadas na base do monumento, relatando o sucesso ou fracasso em testemunhar o fenômeno acústico.

 

Paradoxalmente, a tentativa de preservação ordenada pelo imperador romano Septímio Severo em 199 d.C., que determinou meticulosos trabalhos de restauração na estrutura danificada, resultou no silenciamento definitivo do colosso.

 

Em períodos posteriores, as estátuas sofreram mutilações deliberadas tanto por cristãos quanto por muçulmanos, que interpretavam os misteriosos sons como manifestações demoníacas ou resquícios de superstições pagãs consideradas heresias a serem erradicadas de seu contexto religioso.

 

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Como visitar os Colossos de Mêmnon hoje

 

Contemplar pessoalmente as majestosas sentinelas de pedra que guardavam o complexo mortuário de Amenófis III constitui experiência singular, capaz de transportar o visitante às glórias do mundo faraônico.

Determinados aspectos práticos merecem consideração para quem deseja extrair o máximo desta jornada através dos milênios.

 

Melhor horário para visitação

 

Os portões que dão acesso aos Colossos de Mêmnon abrem-se diariamente das 6:00 às 17:00.

Historiadores e fotógrafos experientes recomendam a visita nas primeiras horas matinais, período em que a temperatura apresenta-se mais clemente e a qualidade da luz natural proporciona registros fotográficos excepcionais.

 

Os visitantes mais madrugadores desfrutam de um espetáculo adicional: aeróstatos multicoloridos pontilhando o céu de Luxor, criando contrastes visuais magníficos com a paisagem desértica e as antigas relíquias egípcias.

 

Fato notável: diferentemente de tantos sítios arqueológicos mundiais, a contemplação destas obras milenares não exige pagamento de ingresso.

 

Integração com cruzeiros pelo rio Nilo

Para a vasta maioria dos viajantes, a observação dos Colossos incorpora-se naturalmente ao itinerário das embarcações turísticas que sulcam as águas do Nilo.

 

Estas navegações, percorrendo aproximadamente 220 quilômetros entre Luxor e Aswan, representam a maneira mais tradicional de descobrir os tesouros arquitetônicos do Egito faraônico.

 

O trajeto completo geralmente estende-se por três dias e quatro noites, incluindo paradas cuidadosamente programadas para visitação aos monumentos mais significativos da região.

 

Embora os Colossos não figurem entre as atrações mais célebres de Luxor, sua posição privilegiada entre o centro urbano e o Vale dos Reis garante-lhes presença constante nos roteiros,

 

proporcionando aos visitantes breve mas significativo contato com estas enigmáticas sentinelas pétreas.

 

Outros pontos turísticos próximos em Luxor

A antiga capital tebana, rebatizada como Luxor, oferece um verdadeiro banquete arqueológico distribuído em suas duas margens.

 

Na banda oriental, concebida pelos antigos egípcios como "território dos vivos", erguem-se os grandiosos complexos religiosos de Luxor e Karnak.

 Na margem ocidental, domínio simbólico dos mortos, além dos próprios Colossos, destacam-se o Vale dos Reis (distante apenas quatro quilômetros do Nilo) e o extraordinário templo funerário da rainha-faraó Hatshepsut.

 

Viajantes que disponham de agenda mais flexível encontrarão prazer intelectual na exploração dos numerosos templos menores e vestígios arqueológicos que, embora menos conhecidos do grande público,

fornecem peças valiosas para a compreensão do intrincado mosaico cultural que floresceu nas margens do Nilo durante três milênios de esplendor faraônico.

 

Os Colossos de Mêmnon, com 3.000 anos e 1.300 toneladas cada, são guardiões de pedra do Antigo Egito.

 

Símbolos do poder de Amenófis III, impressionam por sua grandiosidade e resistência ao tempo. Associados ao herói grego Mêmnon, tornaram-se também lendas vivas. Ainda hoje, fascinam os viajantes às margens do Nilo.

 

Descubra o mistério dos Colossos de Memnon!

 

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