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As Pirâmides do Egito são a única das sete maravilhas do mundo antigo ainda de pé, desafiando o tempo há mais de 4.500 anos. Construídas por volta de 2500 a.C., seguem fascinando o mundo.
A 18 km do Cairo, as Pirâmides de Gizé são obras-primas da engenharia. A maior, Quéops, tem 140 metros de altura e foi a construção mais alta até o século XIV. Erguida em até 20 anos por milhares de trabalhadores, sua grandiosidade impressiona.
Além de sua imponência, escondem passagens secretas e câmaras misteriosas. Neste artigo, exploramos seus segredos, descobertas e curiosidades mais intrigantes!
Inicialmente construídas durante a Quarta Dinastia (2686-2160 a.C.), as pirâmides de Gizé surgiram em um período de extraordinária prosperidade do Egito Antigo. A primeira pirâmide egípcia foi erguida pelo arquiteto Imhotep para o faraó Djoser em Sacará, estabelecendo um marco na evolução da arquitetura funerária.
As três majestosas pirâmides de Gizé foram construídas como tumbas reais para os faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos - pai, filho e neto. Além disso, ao redor dessas estruturas principais, existem várias pirâmides subsidiárias menores que servem de túmulos para mulheres reais, algumas com apenas 20 metros de altura.
O complexo funerário, conhecido como Necrópole de Gizé, está localizado na margem ocidental do rio Nilo. Pesquisas recentes revelaram que a construção foi possível graças a um antigo braço do rio Nilo, agora extinto, conhecido como o braço de Khufu. Os construtores aproveitaram as enchentes anuais por meio de um engenhoso sistema de canais e bacias, formando um complexo portuário que está localizado a mais de sete quilômetros a oeste do Nilo atual.
Para os antigos egípcios, as pirâmides tinham um profundo significado espiritual. Acreditava-se que o faraó, após sua morte física, precisava de uma estrutura que facilitasse sua ascensão aos céus. As câmaras internas eram decoradas com hieróglifos que revelavam propósitos religiosos e simbólicos.
Os egípcios acreditavam que a área escura do céu noturno, em torno da qual as estrelas pareciam girar, era a porta de entrada física para os céus. Dessa forma, as pirâmides foram projetadas como uma espécie de 'máquina de ressurreição', servindo como meio para lançar magicamente a alma do faraó falecido diretamente para a morada dos deuses.
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A construção das pirâmides do Egito representa um dos maiores feitos da engenharia antiga, com técnicas que ainda surpreendem especialistas modernos. A Grande Pirâmide de Quéops, com seus 146 metros de altura e base quadrada de 230 metros, foi construída utilizando aproximadamente 2,3 milhões de blocos de pedra.
Os construtores egípcios desenvolveram métodos precisos de nivelamento e alinhamento. Primeiramente, cavavam buracos em intervalos regulares ao longo do relevo da base, criando uma grade para garantir o alinhamento perfeito da estrutura. A precisão era tão extraordinária que, mesmo após milênios, não é possível introduzir uma folha de papel entre os blocos de pedra.
Os principais materiais empregados na construção incluíam:
Como não dispunham de ferramentas de ferro, os trabalhadores utilizavam cinzéis de bronze e malhos de madeira para talhar as pedras. Além disso, empregavam brocas de cobre com pontas ocas para cortar rochas e granito em formato cilíndrico.
O transporte dos blocos, alguns pesando até 80 toneladas, era realizado através de um sistema engenhoso. Os egípcios utilizavam trenós de madeira e descobriram que, ao adicionar água na quantidade adequada à areia, reduziam pela metade a força necessária para mover as pedras. Uma pintura encontrada na tumba de Djehutihotep comprova esta técnica, mostrando uma pessoa jogando água na areia à frente do trenó.
O rio Nilo desempenhou papel fundamental no transporte, com um complexo sistema de canais e bacias que formava um porto a aproximadamente sete quilômetros do local de construção. Este sistema permitia o transporte eficiente dos materiais durante as enchentes anuais, quando o nível da água aumentava.
Avanços tecnológicos modernos continuam revelando segredos milenares nas pirâmides do Egito. Em setembro de 2023, arqueólogos descobriram câmaras secretas nunca antes exploradas dentro da pirâmide de Sahura, com 4,4 mil anos de idade.
Uma equipe egípcio-alemã identificou oito depósitos destinados a guardar objetos funerários reais. Além disso, um corredor oculto de 9 metros de comprimento e 2,10 metros de largura foi encontrado na Grande Pirâmide de Gizé.
Posteriormente, pesquisadores localizaram uma estrutura misteriosa em forma de L no subsolo do cemitério ocidental de Gizé. Esta estrutura, encontrada a 2 metros de profundidade, possui 10 metros de comprimento e está conectada a uma câmara mais profunda.
Durante escavações em Saqqara, arqueólogos revelaram importantes descobertas, incluindo:
Atualmente, duas oficinas de mumificação da 30ª dinastia (380 a 345 a.C.) foram descobertas próximas às ruínas de Mênfis. Estas instalações apresentam camas de pedra para preparação de corpos humanos e animais, além de instrumentos de mumificação, jarros de argila e vasos rituais para órgãos embalsamados.
Os arqueólogos utilizaram tecnologias avançadas como tomografia de resistividade elétrica e radar de penetração no solo para identificar estas estruturas ocultas. Estas descobertas continuam ampliando nossa compreensão sobre as práticas funerárias e a complexidade arquitetônica das pirâmides do Egito.
O projeto Scan Pyramids, iniciado em 2015, está revolucionando nossa compreensão das pirâmides do Egito através de tecnologias avançadas de escaneamento.
Atualmente, os cientistas utilizam diversas técnicas modernas para investigar o interior das pirâmides:
A monografia, especialmente, tem se mostrado eficaz ao detectar variações de densidade dentro das estruturas rochosas. Quando raios cósmicos super-rápidos colidem com moléculas de ar, produzem partículas chamadas múons, que penetram profundamente nas rochas.
Além disso, imagens de satélite e análises geofísicas revelaram um braço extinto do rio Nilo, denominado Ahramat, que se estendia por 64 quilômetros com largura entre 200 e 700 metros. Este canal antigo conectava 31 pirâmides, facilitando o transporte de materiais de construção.
Pesquisadores descobriram que este braço do Nilo atravessava 38 locais diferentes com pirâmides, evidenciando um sistema de transporte aquático complexo e eficiente. No entanto, mudanças climáticas e geográficas ao longo de milênios acabaram enterrando este canal fundamental.
Atualmente, cientistas planejam investigar novas câmaras detectadas através de tecnologias não invasivas. A equipe do Scan Pyramids identificou variações térmicas significativas na base da Grande Pirâmide, sugerindo a presença de túneis ou cavidades ainda inexplorados.
Os pesquisadores continuam desenvolvendo técnicas mais precisas de escaneamento, buscando compreender melhor a estrutura interna das pirâmides. Dessa forma, espera-se que futuras investigações revelem mais segredos sobre estas construções milenares, especialmente através do uso de robôs em áreas inacessíveis aos humanos.
As pirâmides do Egito são testemunhas silenciosas de uma civilização extraordinária, desafiando nossa compreensão há milênios. Novas descobertas arqueológicas revelam mais sobre suas técnicas construtivas e significados religiosos, enquanto tecnologias avançadas ajudam a desvendar seus segredos. Ainda envoltas em mistério, essas maravilhas arquitetônicas seguem fascinando e conectando passado e presente com sua grandiosidade e riqueza cultural.
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